Em meio a greve dos bancários, a Febraban (Federação Brasileira do
Bancos) assinou um acordo com o MEC (Ministério da Educação) para
financiar 6.500 mil bolsas de estudo para mandar estudantes brasileiros
para o exterior. O custo total da parceria foi estimado em cerca de R$
360 milhões (US$ 180 milhões).
Parte da verba das entidades financeiras, US$ 18 milhões, já será
repassada na próxima terça-feira (25). Os demais repasses serão feitos
anualmente até 2015. Serão beneficiados alunos de graduação, mestrado e
doutorado, que poderão fazer parte do curso em uma universidade do
exterior e completar o restante da formação no Brasil.
Segundo Aloizio Mercadante, ministro da educação, o investimento no
ensino superior é importante tanto para o governo quanto para o setor
privado.
— Precisamos enfrentar a competitividade com o mercado externo usando parcerias com o setor privado e fazendo concessões.
No mesmo evento, o MEC também recebeu apoio financeiro da Eletrobrás
para financiar mais 5.00 mil bolsas, totalizando mais de 11 mil
estudantes que devem viajar para fora do País até 2015.
As duas parcerias fazem parte do programa Ciência sem Fronteiras, que
prevê dar bolsas de estudos para 101 mil estudantes, sendo que 75 mil
serão financiados pelo governo federal e 26 mil bolsas serão pagas com
recursos provados.
De acordo com Mercadante, a parcela que corresponde às instituições privadas já está quase fechada.
— Até o fim deste ano já teremos fechado parcerias para manter o estudo de 20 mil jovens.
Inglês Sem Fronteiras
Durante o evento, Mercadante também reforçou a intenção do MEC em criar o
programa Inglês Sem Fronteiras, que deverá garantir a proficiência em
inglês para os brasileiros que vão receber essas bolsas.
— A proficiência é um dos nossos maiores problemas e é o que barra os
jovens de classes mais baixas a acessarem esses programas.
O programa prevê financiar, inicialmente, 10 mil bolsas para que os
estudantes que tiverem mais de 600 pontos no Enem (Exame Nacional do
Ensino Médio) tenham condições de conquistar essas bolsas.
— Ainda não temos um Prêmio Nobel no Brasil e todos esses esforços são
para melhorar o investimento em tecnologia de ponta, que dará
reconhecimento ao País.